Quem diria que algum dia veriamos Rocky Balboa desferir golpes sem parecer ridículo. Pois é, muitos (inclusive eu), pensaram duas vezes antes de ir ao cinema ver mais uma vez o boxeador protagonizado pelo "Garanhão Italiano" (que completou 60 anos no ano passado) e não se sentir arrependido. E por isso eu digo, muita gente mordeu a língua. Rocky Balboa (EUA, 2006) conta com um elenco não muito conhecido com exeção de Sylvester Stallone. Integram o elenco ainda Burt Young (seu fiel escudeiro), Milo Ventimiglia (seu filho) e os outros menos importantes como Tony Burton, James Francis Kelly III, Antonio Tarver e Geraldine Hughes.
Os espectadores pelo mundo a fora tiveram certo receio quando foi anunciada a última película do valente boxeador Rocky Balboa. Stallone obteve o céu e o inferno com o mesmo título: com seu primeiro filme de 1977, que o fez receber uma indicação ao oscar de Melhor Ator (que acabou não levando pra casa) e venceu como Melhor Filme (nada mais justo, não é?). Mas enterrou a franquia com o fracasso de pública e crítica dos dois últimos longas, Rocky IV e Rocky VI. Escrito, dirigido e estrelado por Silvester Stallone (clássico astro de filmes de ação da década de 80/90) não deixa a desejar, se levar em conta toda a história que o filme teve no cinema. Todos diziam que esse era apenas um golpe de Stallone para voltar ao estrelato, afinal, o nome "Rocky" já se arrastava ao longo de três décadas e nada soaria tão cansativo como a volta do lendário boxeador, certo? Errado.
Com uma dose de sentimentalismo, o filme retrata que rumo levou a vida de "Rocko", após abandonar os ringues e perder sua amada mulher. Com o filho já crescido e sendo corretor, Rocky toca o seu pequeno restaurante em um bairro italiano, onde conta suas famosas histórias do tempo de boxeador. No tempo livre que lhe resta, tenta se aproximar do seu filho que insiste em pensar que é apenas uma sombra do pai, o que lhe causa muita frustração na vida adulta. Afinal, quem é que não conhece o Balboa, não é mesmo? Apesar de repetitivo em alguns momentos do filme, do que ele sente mais falta é de sua mulher, que foi companheira mesmo nos momentos difíceis (nos quais ele enfrentou durante Rocky IV e Rocky V). Enquanto M. Nixxon (o coadjuvante, adversário de Stallone no filme) ganha o mundo com seus golpes rápidos e agéis num cenário de boxe decadente, Rocky sente saudade dos anos dourados e resolve voltar a lutar, pensando pequeno, é claro. Mas aí que a coisa complica: Em um programa televisionado em rede nacional, um computador simula uma luta entre Nixxon e Rocky, onde o campeão dourado sairia sem muita dificuldade. Eis que surge o desafio: Os agentes de Nixxon, pra não abalarem a sua brilhante carreira e por não admitirem o esporte que anda em queda, surgerem uma luta de exibição entre os dois lutadores e prometem fazer chover no dia. Até Mike Tyson aparece numa ponta temperando o jeitão explosivo de Nixxon antes da luta. Resultado: a luta que todos viram ser "simulada", se tornaria real. E fica ainda melhor: Stallone aos 60 anos exibe um físico que inveja muitos garotos de 25 anos de hoje. Com socos que soam como marretas em pedra, faz o mundo de Nixxon tremular diante das cordas. O resultado pouco importa: Rocky leva o público ao delírio só de aparecer com o short longo e as luvas pretas. Quem é que nunca boxeou o ar ao som da música tema do filme? Com uma dose perfeita de nostalgia, um drama clichê (mas com muito sentido) e cenas de lutas extremamente realistas, Stallone leva os fãs da série ao arrepio.
"É como se os demônios fossem embora" - tanto para Rocky, quanto para Stallone.
Eu recomendo! (3 Luvas)
Os espectadores pelo mundo a fora tiveram certo receio quando foi anunciada a última película do valente boxeador Rocky Balboa. Stallone obteve o céu e o inferno com o mesmo título: com seu primeiro filme de 1977, que o fez receber uma indicação ao oscar de Melhor Ator (que acabou não levando pra casa) e venceu como Melhor Filme (nada mais justo, não é?). Mas enterrou a franquia com o fracasso de pública e crítica dos dois últimos longas, Rocky IV e Rocky VI. Escrito, dirigido e estrelado por Silvester Stallone (clássico astro de filmes de ação da década de 80/90) não deixa a desejar, se levar em conta toda a história que o filme teve no cinema. Todos diziam que esse era apenas um golpe de Stallone para voltar ao estrelato, afinal, o nome "Rocky" já se arrastava ao longo de três décadas e nada soaria tão cansativo como a volta do lendário boxeador, certo? Errado.
Com uma dose de sentimentalismo, o filme retrata que rumo levou a vida de "Rocko", após abandonar os ringues e perder sua amada mulher. Com o filho já crescido e sendo corretor, Rocky toca o seu pequeno restaurante em um bairro italiano, onde conta suas famosas histórias do tempo de boxeador. No tempo livre que lhe resta, tenta se aproximar do seu filho que insiste em pensar que é apenas uma sombra do pai, o que lhe causa muita frustração na vida adulta. Afinal, quem é que não conhece o Balboa, não é mesmo? Apesar de repetitivo em alguns momentos do filme, do que ele sente mais falta é de sua mulher, que foi companheira mesmo nos momentos difíceis (nos quais ele enfrentou durante Rocky IV e Rocky V). Enquanto M. Nixxon (o coadjuvante, adversário de Stallone no filme) ganha o mundo com seus golpes rápidos e agéis num cenário de boxe decadente, Rocky sente saudade dos anos dourados e resolve voltar a lutar, pensando pequeno, é claro. Mas aí que a coisa complica: Em um programa televisionado em rede nacional, um computador simula uma luta entre Nixxon e Rocky, onde o campeão dourado sairia sem muita dificuldade. Eis que surge o desafio: Os agentes de Nixxon, pra não abalarem a sua brilhante carreira e por não admitirem o esporte que anda em queda, surgerem uma luta de exibição entre os dois lutadores e prometem fazer chover no dia. Até Mike Tyson aparece numa ponta temperando o jeitão explosivo de Nixxon antes da luta. Resultado: a luta que todos viram ser "simulada", se tornaria real. E fica ainda melhor: Stallone aos 60 anos exibe um físico que inveja muitos garotos de 25 anos de hoje. Com socos que soam como marretas em pedra, faz o mundo de Nixxon tremular diante das cordas. O resultado pouco importa: Rocky leva o público ao delírio só de aparecer com o short longo e as luvas pretas. Quem é que nunca boxeou o ar ao som da música tema do filme? Com uma dose perfeita de nostalgia, um drama clichê (mas com muito sentido) e cenas de lutas extremamente realistas, Stallone leva os fãs da série ao arrepio.
"É como se os demônios fossem embora" - tanto para Rocky, quanto para Stallone.
Eu recomendo! (3 Luvas)